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Intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca?

A partir do diagnóstico, será possível entender como proceder, em alguns casos de pessoas com sintomas mais leves, não é preciso excluir completamente a lactose de suas dietas ou podem optar por tomar remédios que controlam esse efeito antes das refeições.

A Intolerância à Lactose e a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) não são a mesma coisa, a diferença já tem início em sua causa. Enquanto a alergia está relacionada à proteína do leite, a intolerância é causada pelo açúcar do leite, a lactose, por isso, há um tratamento diferente para cada situação.

Quando alguém possui alergia à proteína do leite de vaca, o organismo passa a produzir substâncias para destruir as proteínas existentes nesse leite, é dessa forma que se inicia o processo alérgico. Já na intolerância, o organismo não é capaz de digerir o açúcar do leite, chamada lactose. Isso acontece por conta da deficiência ou ausência da enzima lactase, que é a enzima responsável por digerir a lactose, presente no leite e seus derivados.

Os sintomas de uma reação alérgica (APLV) podem ser identificados da seguinte forma: coceira na pele, inchaço repentino sob a pele, rinite, tosse seca, bolinhas e inchaço nos lábios, olhos, orelhas e, em algumas situações, a pessoa pode apresentar rouquidão, dificuldade para respirar ou em casos mais graves, choque anafilático. Nesse tipo de alergia, é importante estar atento aos rótulos de outros produtos derivados do leite, como cosméticos, hidratantes, condicionador, etc.

No caso da Intolerância à Lactose os sintomas podem ser: gases, enjoo, dores no abdômen, intestino solto ou preso, diarréia, gordura nas fezes, inchaço, indigestão, náusea, dores de estômago e flatulência. Segundo dados da ANAD – Associação Nacional de Atenção ao Diabetes – estima-se que, em 2020, no Brasil 40% das pessoas apresentam hipolactasia (intolerância à lactose) do tipo adulto, que tem início após os 3 anos de idade. Existem três graus da doença: leve, moderado e severo, cada um com seu limite e tipo de restrição, para ter um diagnóstico mais afundo é preciso buscar um médico especialista. A partir do diagnóstico, será possível entender como proceder, em alguns casos de pessoas com sintomas mais leves, não é preciso excluir completamente a lactose de suas dietas ou podem optar por tomar remédios que controlam esse efeito antes das refeições.

Hoje, existe uma grande variedade de produtos direcionados às pessoas que sofrem com esses problemas, os rótulos dos alimentos já indicam as restrições. Quando no rótulo consta “zero lactose” significa que foi adicionada a enzima lactase para auxiliar na quebra dos dois açúcares presentes na lactose, que os intolerantes não conseguem digerir: a glicose e a galactose. Porém, quando tem-se APLV, não é possível substituir produtos convencionais por “zero lactose”, pois o problema estará na proteína do leite, sendo assim, é preciso atentar-se aos rótulos para não ingerir quando levar a frase “pode conter traços de leite” “alérgicos, pode conter leite” e estar alerta aos rótulos dos alimentos que possuem em sua composição proteína do leite de vaca.

Em todo caso é indispensável o acompanhamento de um médico especialista ou nutricionista que acompanhe a dieta.